segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Visões privilegiadas

Tarde de sol. calor. Aula prática animada. Suor. Aqueles jovens estavam mesmo em busca... de quê? Não se sabe, mas o que lhes importavam realmente era estarem ali, vivendo aquele sonho em conjunto. A sala, pensava ela, possuia grandes tipos: rapazes esforçados e talentosos, outros ainda em processo de amadurecimento mental, alguns ainda descobrindo onde estavam... e assim seguiam. As moças, bem, como dizem, eram mais maduras e com personalidades distintas: havia aquela que se dizia "natureba", outra preocupada com a dieta rígida, outra considerada pela moça como "estranha" ( e quem poderia dizer que elas se tornariam inseparáveis!) e ainda aquelas estudiosas, sérias e cheias de "não concordo". Ela se divertia com isso tudo. Achava mesmo estar em outro mundo... em breve ela se rende em apelidar aquela cidade de Neverland (Terra do Nunca, do Peter Pan).
Muitas conversas interessantes foram expostas entre aqueles corredores velhos (seu curso ainda não possuia prédio no campus universitário). Após o término da aula, uma pequena turma se reune em frente ao portão principal e se deparam com algo extraordinário, segundo ela.
Um raio solar imponente jogado em direção à uma igreja. Parece bobo ser descrito assim, mas ela e os outros concluiram somente terem assistido aquele recorte de paisagem nos filmes. Um minuto de silêncio. Ficaram abraçados. Uns até renderam graças a Deus por estarem ali, naquele momento. Procuraram uma máquina para registrarem aquilo, mas não conseguiram. Os celulares naquela época serviam apenas para executar as funções básicas.Talvez fosse essa a graça da situação... essa cena ficaria registrada apenas em suas mentes, nada além disso. Essa visão... ela nunca mais se esquecera. Coisas que, segundo palavras dela, vai levar consigo para a eternidade. 
Coisas simples... pessoas simples... mundo... vida!

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